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Sobre o Texto

A dramaturgia de O Mais Querido é construída sobre uma ampla pesquisa bibliográfica, com a consultoria da Diretoria do Patrimônio Histórico do Clube de Regatas do Flamengo e é dividida numa estrutura de 3 atos com prólogo e epílogo a serviço da idéia central: a invenção do jeito brasileiro de jogar futebol.


Prólogo: 6 remadores
1895. Quatro jovens estudantes moradores da praia do Flamengo cansados de perder as garotas do bairro para os musculosos remadores de Botafogo perguntam-se a si mesmos: por que não criar um grupo de regatas do Flamengo? Os quatro estudantes tornam-se seis para cotizar a compra de uma velha beleeira batizada de Pherusa e escapam por pouco de uma tragédia (grega) nos mares da Baía de Guanabara. Assim nasce a República Paz e Amor, 70 anos antes dos hippies, no número 22 da Praia do Flamengo berço da nação rubro-negra.


Primeiro Ato: Rebelião de Borgerth
1911, Crise do Ground Committee do Fluminense. Uma conspiração de jogadores insatisfeitos nasce na Pensão Almeida. Nove titulares do time de futebol tricolor campeão carioca daquele ano cindem com o clube para nunca mais. O Clube de Regatas do Flamengo ganha de mão beijada um plantel campeão, mas esnoba. Borgerth insiste e dá início a uma verdadeira saga de conseqüências inimagináveis: nasce o time de futebol mais querido do Brasil e com ele a invenção do jeito brasileiro de jogar futebol.

 

Segundo Ato: 1° e 2° Tri!
Numa divertida reinvenção de um programa de rádio do final da década de 30 iniciam as histórias do primeiro tri-campeonato carioca conquistado pelo Flamengo. Nele, o personagem Ary Barroso narra os principais momentos rubro-negros dentro e fora de campo, numa espécie de resenha esportiva reinventada no teatro narrando jogadas e abordando temas polêmicos envolvendo o Diamante Negro, o Divino Mestre, Kruschner, Flávio Costa, Zizinho, Pirillo e o surgimento da Charanga.
Em seguida, mantendo a mesma estrutura, trata-se do assunto do segundo tri-campeonato, dessa vez tendo como personagens Zagallo, Dr. Rubis, Evaristo, Dida, as profecias do Padre Góes, o culto a São Judas Tadeu e uma bela homenagem ao inesquecível presidente-torcedor Dr. Gilberto Cardoso. 

Terceiro Ato: Geração de Ouro
A Geração de Ouro, o time de futebol campeão do mundo do Flamengo, é o tema do terceiro ato que compreende o período entre o gol de Rondinelli em 1978 e a saída de Zico em 83. Leandro, Júnior, Adílio, Zico, Nunes, Andrade e companhia, mais uma vez reunidos, dessa vez como personagens, trarão à cena suas histórias e as conquistas do Flamengo (Tri Carioca, Campeonatos Brasileiros de 80, 82 e 83, Libertadores e Mundial e o 6x0 contra o Botafogo) num espírito de grupo único de valores absolutamente vitoriosos. Aqui, o teatro promove um reencontro singular da torcida rubro-negra com seus maiores ídolos.

Epílogo: Cruzada Rubro-Negra
As conquistas e as crises do período recente da história do Mais Querido do Brasil são o tema do terceiro e último ato da peça. A Geração de Ouro sai de cena deixando a conquista do Brasileiro 87 como sua última oferenda a sua imensa torcida. Deixa também, como herança para os times vindouros: a flama do espírito vencedor que sempre é mantida e reacesa com o retorno de seus profetas, a exemplo do Maestro Junior em 92 e do comandante do Hexa em 2009, Andrade. Este epílogo é marcado pelas cruzadas em busca do novo período Aureo.

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